A legislação eleitoral está impedindo que a polícia prenda um universitário que confessou ter encomendado a morte da mãe por R$40 mil. A legislação eleitoral determina que nenhum eleitor pode ser preso na semana das eleições, a não ser no caso de prisões em flagrante ou cumprimento de sentença condenatória por crime inafiançável. Neste ano, a determinação começou a valer na terça (26) e dura até 3 de outubro --48 horas após a conclusão das eleições.
Segundo a Folha Online, Adriano Saddi Lima Oliveira, 23, encomendou a morte da mãe a dois homens. O assassinato da empresária Marisa Saddi, 46, ocorreu no dia 27 de junho.
Adriano foi preso na região central de São Paulo juntamente com o motorista da família, Cristiano Borges Ferreira, 24, que teria intermediado o contato de Adriano com os matadores. Mesmo confessando o crime, segundo a polícia, ambos foram liberados após prestarem depoimento.
O delegado que investiga o caso chegou aos suspeitos a partir de informações de traficantes de drogas presos na região de Cotia (Grande SP). As informações levaram ao motorista Ferreira, que, segundo o delegado, não tinha envolvimento com o tráfico, mas mantinha contato com assassinos.
Após ser preso, Adriano contou à polícia que administrava os imóveis da mãe e, em troca, pagava à empresária uma mesada que variava de R$ 15 mil até R$ 60 mil.
O universitário e o motorista foram indiciados por homicídio doloso (com intenção) duplamente qualificado --por motivo torpe e uso de meio que impossibilitou a defesa da vítima.