Reação desproporcional
Com a ajuda do rastreador de um carro, a Polícia Militar prendeu três homens suspeitos de um sequestro relâmpago em Curitiba na madrugada desta sexta-feira (15). A vítima, um jovem dono do veículo, foi abordado no bairro Centro Cívico, amarrado e conduzido pelos suspeitos dentro do carro. Ele foi abandonado no Bairro Alto e os suspeitos presos com o carro e pertences da vítima na cidade de Colombo, na Região Metropolitana.
Um dos suspeitos de envolvimento no sequestro relâmpago, segundo a Polícia Militar, seria neto de Beatriz Abagge, conhecida como "Bruxa de Guaratuba", condenada pela morte do garoto Evandro Ramos Caetano, 6 anos, em 1991, no que seria um ritual de magia negra na cidade do litoral paranaense.
A ação dos bandidos teria começado por volta de 1h30 na Rua Matheus Leme, no Centro Cívico. A vítima e um amigo estavam em um bar e o jovem sequestrado decidiu ir para o carro, onde teria dormido, enquanto o outro permaneceu no estabelecimento. Neste momento, três homens, um deles armado, teria abordado o jovem no carro e iniciado a ação.
Os três homens seguiram, segundo a Polícia Militar, por vários bairros da capital com o jovem amarrado, até que a vítima foi abandonada no Bairro Alto.
Resgate – o amigo da vítima, depois de alguns minutos, voltou ao local onde estava o veículo e, segundo a PM, por achar estranho a ausência do veículo e do amigo, entrou em contato com a família dele. Familiares e o amigo resolveram seguir de carro o sinal do rastreador do veículo do jovem sequestrado enquanto ligavam para o serviço 190.
A PM informa que, no caminho para encontrar a vítima, a família encontrou uma viatura da Polícia Militar, que continuou junto com os familiares a perseguição ao carro. Os policiais encontraram o veículo e os suspeitos em uma casa em Colombo, na RMC. Um deles, ao ver a polícia, tentou fugir, mas foi pego pela PM.
Com os suspeitos estavam o veículo e pertences da vítima, além de uma arma calibre 38, com seis munições. A vítima, depois da captura dos suspeitos, foi encontrada e teria reconhecido os três homens, de 20, 23 e 34 anos, como autores do crime, sendo um deles o neto de Beatriz Abagge. Os três já tinham passagem pela polícia por porte ilegal de armas e tráfico de drogas e um deles estava, de acordo com a polícia, em regime de liberdade condicional.