O juiz do 1º Tribunal do Júri, Rui Porto Dias, decretou nesta quinta-feira a prisão temporária, por 30 dias, dos soldados Jayner Aurélio Porfírio e Marcos Martins Garcia, e por 10 dias do segurança particular Manoel Alves Tenório, tio de um guarda-civil.
Eles foram presos sob suspeita de envolvimento nos ataques contra moradores de rua, ocorridos nas madrugadas de 19 e 22 de agosto, no centro da cidade. As agressões resultaram em sete mortes.
O secretário da Segurança, Saulo de Castro Abreu Filho, atribuiu os ataques ao tráfico de crack na região central. Os PMs suspeitos seriam comandantes de um esquema de segurança clandestina e teriam envolvimento com drogas.
Há suspeitas de que os alvos dos criminosos eram alguns moradores de rua que sabiam do envolvimento dos PMs com as drogas, e o objetivo seria cobrança de dívidas ligadas ao tráfico ou "queima de arquivo".
Para pedir a prisão dos suspeitos, a polícia usou como base depoimentos de testemunhas oculares, que viram os PMs --que não estariam fardados-- em alguma situação suspeita. Segundo o secretário da Segurança, as testemunhas não são sobreviventes das agressões.
Da Folha Online