O taxista Waldir Augusto da Silva, de 67 anos, viveu momentos de terror nas mãos de três jovens, entre eles dois menores, de 16 anos, na cidade de Penápolis, região noroeste paulista, a 490 quilômetros da capital.
Tudo começou na noite de sexta-feira, 12, quando Eduardo Barbosa Pereira, de 19 anos, que mora em Campo Grande, e os adolescentes, um de Costa Rica (MT) e o outro de Figueirão (MS), entraram no carro de Silva, no Terminal Rodoviário, no centro da cidade, e pediram que os levasse até o Colégio Técnico Agrícola (CTA), localizado na área rural, onde estudam.
No meio do caminho, o trio, desarmado, deu uma gravata na vítima, que foi dominada asfixiada e retirada do carro. Depois de apanhar, Silva foi jogado no chão e atingido pelo Gol após o trio engatar uma marcha à ré.
Não contentes, os três jovens colocaram o taxista no porta-malas e o levaram até a ponte sobre o Ribeirão Lageado, no 270 da rodovia Assis Chateaubriand (SP-425).
A vítima foi retirada do porta-malas e jogada de cima da ponte, ficando no local por quase 24 horas, até as 18h30 de sábado, 13, quando foi localizada às margens do ribeirão pelos bombeiros.
O trio, que ainda bateu o Gol contra um ônibus após se desfazer do taxista, só foi detido por policiais militares da 2ª Companhia do 2º Batalhão do Interior (BPM/I) após o carro ser localizado num lago próximo ao CTA.
Ao abrirem o porta-malas e verem marcas de sangue, os policiais foram até o terminal, conversaram com colegas da vítima para saber quem era o dono do carro e com quem Silva havia deixado o terminal pela última vez.
Os menores então foram localizados no colégio e encaminhados para a delegacia da cidade.
Os dois adolescentes foram transferidos para a Fundação Casa (antiga Febem), mas Eduardo, que teria sido o mentor da barbárie, foi autuado por tentativa de homicídio qualificada e corrupção de menores.
O estudante deve ir para o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Rio Preto. Nada foi roubado da vítima, que continua internada, já fora de risco, na Santa Casa da cidade.