O servente de pedreiro Jucelino Ferreira Cunha, 38 anos, morreu ontem por volta das 11 horas no Hospital Santa Izabel, em Formosa do Oeste (102 km a oeste de Campo Mourão), vítima de queimaduras de segundo e terceiro graus em cerca de 90% do corpo. Cunha foi socorrido pela Polícia Militar às 2h50, quando estava na Praça dos Pioneiros, no centro da cidade. O fogo foi ateado usando tíner, um solvente inflamável.
Segundo a Polícia Militar de Formosa do Oeste, Cunha e outros homens estavam na praça tomando bebidas alcoólicas e, a princípio, o crime teria sido praticado por motivo fútil. Romão Pereira de Souza e Claudinei Alves dos Santos, que estavam com ele, foram detidos e acusaram um terceiro, L.Z., de ter ateado o fogo. Até o início da noite de ontem o acusado continuava foragido e a PM não sabia se ele era menor de idade ou não.
Souza e Santos contaram à polícia que L.Z. estava bebendo e cheirando o tíner quando discutiu com Cunha e ateou o fogo no servente de pedreiro. Primeiro ele jogou o produto nos pés da vítima e acendeu o fogo. Depois espalhou o tíner no restante do corpo para aumentar o fogo. A PM chegou a ver o acusado numa estrada rural a 15 quilômetros da cidade, mas ele jogou a bicicleta em que estava no rio e fugiu em meio a um matagal.
O médico Ricardo Fakiyama, que atendeu o caso, informou que Cunha chegou ao hospital ainda consciente, mas bastante confuso. ''O estado dele era muito grave, com queimaduras da cabeça aos pés'', relatou Fakiyama. Ele explicou que em casos como esse a vítima morre, principalmente, porque perde muito líquido e ocorre um distúrbio no organismo. Cunha era separado e tinha três filhos com a ex-mulher.