Santos - ''Queremos a mãe do Robinho''. Foi com esta determinação que, armados, dois marginais, até agora não identificados, pularam o muro da casa 126, da Rua Aloisio Nessiano, na Vila São Jorge, periferia do município de Praia Grande (SP), pegando de surpresa as três pessoas que preparavam um churrasco, por volta das 23h30 da noite de sábado. Junto com a mãe do craque do Santos, Marina Silva de Souza, 43 anos, encontravam-se Maria do Carmo Pereira da Conceição e Adilton Conceição de Souza, que foram presos no banheiro da residência.
As duas testemunhas já foram ouvidas, após serem liberadas meia hora após a ocorrência. A mãe de Robinho foi levada pelos dois marginais que estavam fortemente armados: um deles com uma pistola automática. Eles fugiram em um carro próprio, que até agora não foi identificado. O automóvel de Marina, um Mercedes Classe A encontrava-se estacionado na calçada da casa.
Em entrevista coletiva ontem, o delegado regional de polícia, Alberto Corazza, disse que desde a noite de sábado as equipes do Deinter-6 (Departamento de Polícia do Interior) estão investigando a ocorrência, caracterizada como sequestro (artigo 159 do CPB de acordo com o boletim de nº 024-04). ''Já soube por intermédio da diretoria do Santos, que Robinho está calmo, confiando no trabalho da gente'', afirmou o titular do Deinter-6.
Corazza revelou que, por enquanto, as investigações ficarão por conta da equipe da Baixada Santista. ''Mas não pensaremos duas vezes em pedir reforços, caso seja necessário, objetivando um final feliz para este caso'', revelou antecipando que já recebeu sinal verde do Deic para uma eventual ajuda.
Corazza foi breve, afirmando que não poderia antecipar mais nada a respeito do caso, se teria sido um sequestro planejado ou não, ao alegar que não pretende prejudicar as investigações. ''Só posso dizer que as pessoas que fazem sucesso muito rápido, até por falta de experiência, deveriam tomar mais cuidado, a fim de evitar este tipo de ação dos marginais'', concluiu.
Até o fechamento desta edição, os sequestradores da mãe do jogador do Santos não haviam entrado em contato com familiares. Ontem à noite, a polícia dizia que a solução do caso seria uma questão de horas.