Polícia

"Sempre estive à disposição da Justiça", diz Marcelo Odebrecht

01 set 2015 às 13:57

O presidente da Construtora Odebrecht, Marcelo Bahia Odebrecht, investigado na Operação Lava Jato, disse durante o segundo dia de audiência da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras que está sendo realizada em Curitiba, que sempre esteve à disposição para depor durante as investigações.

"Sempre estive a disposição da mídia, deputados e Justiça. Fizemos uma petição ao pessoal de Curitiba para prestar esclarecimentos, até mesmo para que isso evitasse a minha prisão e de meus companheiros", afirmou o empresário.


Em dois dias de audiências, o executivo foi o único que respondeu as perguntas elaboradas pelos deputados. Entretanto, em nenhum momento ele comentou assuntos relacionados ao processo que está em trâmite na Justiça Federal do Paraná. "No que tange ao processo, inclusive nesta semana estão ocorrendo os depoimentos de testemunhas de acusação, fico impedido de falar, espero que entendam a situação", destacou Odebrecht.


O empresário também informou que foi ouvido somente uma vez na Polícia Federal (PF) durante os mais de 90 dias em que está detido. Nesta única oportunidade, lembrou Marcelo, teria sido lhe oferecida a oportunidade de negociar um acordo de colaboração premiada. Apesar disso, ele afirmou que tal decisão não faz parte de 'seus valores'. "Para alguém dedurar tem que ter o que dedurar, e não é o caso aqui", disse.


Marcelo Odebrecht ainda ressaltou que sua defesa não teve acesso a todas as acusações que fazem parte das investigações, e que acredita que tanto ele, quanto sua empresa, vão passar por esta crise. "Garanto que sairemos dessa mais fortalecidos, e espero continuar sendo, como outras empresas que levam o nome do Brasil, um orgulho", completou o empresário durante seu depoimento na CPI.

Além dele, também foram arrolados para prestar esclarecimentos na CPI da Petrobras, os executivos César Ramos Rocha, Rogério Santos de Araújo, Márcio Faria da Silva, Alexandrino de Salles Ramos de Alencar; todos ligados a Odebrecht; e o ex-funcionário da Petrobras, Celso Araripe de Oliveira.


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