Uma rebelião destruiu boa parte das instalações do minipresídio de Mafra, município do Norte de Santa Catarina que faz divisa com o Paraná. Os 49 presos que se rebelaram no final da manhã provocaram um incêndio colocando fogo nos colchões. De acordo com o juiz corregedor do presídio, Edenildo da Silva, o prédio não tem mais condições de abrigar presos.
Até o início da noite, o juiz havia conseguido a transferência de 45 presos. Os restantes irão ficar provisoriamente em outra ala do presídio, onde ficam os presos de regime semi-aberto, que não foi atingida pelo incêndio. Até a delegacia de Mafra, que funcionava no mesmo prédio, teve que ser transferida por causa do incêndio.
Os detentos teriam se rebelado, segundo Silva, porque pediam um lugar adequado para visitas, reivindicação feita há um mês que ainda não tinha sido atendida. "Eles foram imprudentes, provocando esse tipo de rebelião por tão pouco", afirma o juiz.
A rebelião só foi controlada no final da tarde, quando o juiz se comprometeu a atender cinco reivindicações. Entre elas, a construção de um espaço para visitas, revisão dos direitos de progressão de pena, assistência médica, estudo da possibilidade de transferência para as cidades de origem dos presos e investigação de denúncias de regalias de alguns detentos.
Durante as cerca de seis horas que duraram a rebelião, dois presos foram feitos de reféns, mas ninguém ficou ferido. Na revista, os policiais encontraram facas, estiletes e estoques (arma cortante improvisada).