Policiais da Delegacia de Vigilância e Captura (DVC) prenderam, na tarde desta sexta-feira (19), o acusado de assassinar o promotor de Justiça Roberto Moellmann Gonçalves Barros, 39 anos, em fevereiro de 2007. Adriano Allpinhak da Silva, 30, tem dois mandados de prisão e era procurado pela polícia desde julho do ano passado, quando foi condenado pelo latrocínio (roubo com morte).
Segundo a polícia, Silva foi preso na casa dos pais, no bairro Jardim das Américas, em Curitiba. "Estávamos monitorando a casa de familiares dele já há algum tempo. Desde 2007, ele estava foragido e não ficava muito tempo em um único local, com medo de ser encontrado pela polícia", informou o superintende da DVC, Dílson Morgerot.
De acordo com o superintendente, Silva se entregou à polícia poucos dias depois de ter cometido o crime, em fevereiro de 2007. Em agosto do mesmo ano, ele conseguiu sair da cadeia por habeas corpus, expedido pelo Tribunal de Justiça. Um mês depois, teve novo mandado de prisão expedido, por outro processo. Ele respondia por porte ilegal de arma, crime pelo qual foi condenado a 2 anos e 10 meses de reclusão. Dois anos mais tarde, em julho de 2009, Silva foi condenado pelo latrocínio (roubo seguido de morte) cometido contra o promotor e teve um novo mandado de prisão expedido. "Desde então passamos a procurá-lo, mas ele, sabendo das condenações através de seus advogados, fugiu da cidade", explicou Morgerot.
MORTE – O acusado era amigo do promotor e confessou tê-lo assassinado depois de uma discussão. Na noite do crime, ele foi até a casa de Barros, no Ahu e jantou com a vítima. Depois de algumas horas eles teriam se desentendido e Silva feriu o promotor com uma facada no pescoço. "Ele disse que não premeditou o crime. Sobre todo este tempo em que esteve foragido, falou que tinha vontade de se entregar mas lhe faltava coragem. Agora, enfim voltou para trás das grades para pagar pelos crimes a que foi condenado", comentou o delegado chefe da DVC, Jaime da Silva Luz.
Segundo as investigações, o promotor foi vítima de latrocínio, já que R$ 1.500,00 foram sacados de duas de suas contas bancárias, horas depois do assassinato. Alguns objetos também foram levados da residência da vítima. A carteira do promotor e a faca usada no crime foram encontradas próximas ao terminal de ônibus do Cabral, no dia seguinte ao crime (com AEN).