A Operação Carbono, iniciada nesta sexta-feira (10) pela Polícia Federal (PF) prendeu até agora seis pessoas acusadas de envolvimento com o contrabando de pedras preciosas. Ao todo foram expedidos nove mandados de prisão e 39 de busca e apreensão, segundo informações da assessoria de imprensa da PF. Participam da operação 260 policiais federais, além de 50 auditores fiscais da Receita Federal.
A maior parte das ações se desenvolve em Minas Gerais, mas há buscas e prisões também no Rio de Janeiro e Mato Grosso. Uma das prisões foi feita em Búzios (RJ), na Região dos Lagos, e as outras em Minas Gerais. Durante um ano e meio, a Polícia Federal investiga um esquema de comércio clandestino de diamantes, articulado por empresários do ramo, com o auxílio de contadores, doleiros e servidores do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM).
O DNPM é responsável pela emissão de um certificado que atesta a origem e a legalidade da extração das pedras. Durante as investigações da PF foi constatado que, muitas vezes, as pedras são extraídas de garimpos ilegais nas regiões norte e centro-oeste do país, ou mesmo no exterior, e posteriormente são atestadas por certificados falsos. Há indícios de que algumas dessas pedras sejam provenientes de áreas de conflito na África.
A operação combate, além do contrabando de pedras preciosas, os crimes de lavagem de dinheiro, sonegação fiscal e evasão de divisas. Dentre os investigados há pessoas cujos nomes constam de registros da Agência Anti-Drogas dos Estados Unidos (Drugs Enforcement Agency - DEA), e de advertências da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Interpol (Polícia Internacional).
Informações da ABr