O contrabando (importação de mercadorias proibidas) e o descaminho (importação de produtos sem o pagamento de impostos) levaram um duro golpe nesta quarta-feira (04) com o desencadeamento pela Polícia Federal da Operação Hidra.
Apenas no Paraná, 18 pessoas já foram presas por envolvimento com o contrabando. As ações também acontecem no Mato Grosso do Sul, São Paulo e Mato Grosso. Mais de 650 policiais foram mobilizados.
A quadrilha era comandada pelo empresário José Doniseth Balan, preso hoje no Mato Grosso do Sul. O grupo era especializado na compra, venda e transporte de mercadorias contrabandeadas de altíssima qualidade e bom valor de mercado, como eletroeletrônicos, equipamentos de informática, cigarros, materiais e equipamentos médicos e odontológicos, agrotóxicos, medicamentos, compostos farmacêuticos e pneus, entre outros. Todos estes produtos entravam ilegalmente no país, causando graves prejuízos ao erário.
Toda a investigação, iniciada em junho do ano passado, foi amparada em ordens judiciais expedidas pelJustiça Federal em Maringá (PR), com apoio e acompanhamento do Ministério Público Federal.
Os principais integrantes da quadrilha investigada mantinham estrutura operacional e logística nas cidades de Maringá, Umuarama (PR), Foz do Iguaçu (PR), Eldorado (MS) e Mundo Novo (MS), onde muitos deles mantêm residências e negócios.
Foi detectado também que as empresas Carrocerias Taba e Transbalam, ambas localizadas em Maringá, seriam integrantes da quadrilha. De acordo com a PF, a primeira servia de entreposto e ponto de reunião dos suspeitos. Já a segunda era usada como fachada para as negociações da organização criminosa.
A quadrilha utilizada caminhões para transportar as mercadorias contrabandeadas. Os criminosos cooptavam policiais rodoviários para garantir a atuação.
No total, a investigação apontou o envolvimento de 150 pessoas na estrutura direta da quadrilha, como gerentes operacionais, motoristas, contadores, olheiros e agentes públicos.
Fonte: Terra