O corpo do soldado Bruno Felipe Monteiro do Prado foi sepultado na tarde desta terça-feira (15), no Cemitério Padre Anchieta, no Jardim Ideal, em Londrina. Ele foi executado em uma ação criminosa na noite desta segunda (14), no cruzamento da Rodovia Carlos João Strass com a Avenida Curitiba, zona norte de Londrina.
O corpo de Prado foi velado no Parque das Oliveiras e chegou por volta das 17h ao local do enterro. O sepultamento foi marcado por uma salva de armas e o féretro, coberto com a bandeira do Brasil. O enterro foi acompanhado de familiares e de policiais militares da 4ª CIPM (Companhia Independente da Polícia Militar), onde ele servia, do 5º Batalhão da PM, da Polícia Ambiental e do batalhão de Choque.
O soldado Prado foi executado enquanto pilotava uma motocicleta, fora de seu horário de serviço, Uma caminhonete e um carro foram usados na ação criminosa. Os autores do homicídio estariam encapuzados e fugiram do local.
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Além do policial, um Gol com quatro passageiros também foi alvejado. Um disparo pegou uma mulher de raspão, no braço, e um adolescente de 15 anos foi atingido no peito. Ele foi socorrido, mas morreu no hospital.
Na tarde desta segunda, antes do enterro, o comandante da 4ª CIPM, major Marcos Tordoro, divulgou um texto de pesar pela morte do companheiro de corporação.
Leia a seguir:
Os dias são difíceis. As circunstâncias são desafiadoras.
O crime, a violência e a incompreensão são comuns na vida do policial militar.
As marcas na alma e na pele do policial militar são, na maioria das vezes, invisíveis. Temos que esconder algumas dores. Temos que aceitar alguns acontecimentos. Temos que lidar com circunstâncias impossíveis de serem geridas pelo cidadão comum.
Que deus nos guarde em todos os momentos.
O Soldado Prado se foi. Outros já foram no passado recente e no distante.
As leis são as mesmas e incentivam o crime.
Sim, incentivam o crime. Precisam mudar.
Há muitos anos muitos falam e nada acontece. A sociedade está infeccionada e o remédio que trata infecção é antibiótico. Para o crime e a violência, a prisão é o antibiótico. Há que se punir com rigor sim.
Os homens e mulheres das forças de segurança precisam ver a ação do Congresso Nacional para valorizar o bem. Valorizar os homens e mulheres que se arriscam todos os dias.
Entretanto, em meio a tudo isso, a força do bem será imposta.
Deixo a nossa solidariedade e o profundo pesar pelo que ocorreu com o Soldado Prado e os nossos sentimentos de carinho e respeito à família enlutada.
Major Marcos Tordoro