Os três policiais paranaenses integrantes do grupo Tigre (Tático Integrado de Grupos de Repressão Especial) prestaram depoimento na Corregedoria da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, na tarde desta terça-feira (27) . Segundo informações do jornal Zero Hora, um dos policiais afirmou ter disparado contra o sargento da polícia gaúcha, Ariel da Silva, 40 anos, morto na semana passada, em legítima defesa.
Os policias do Paraná tinham ido ao Rio Grande do Sul para libertar dois agricultores que tinham sido seqüestrados. O problema é que eles não haviam comunicado as autoridades gaúchas sobre a missão deles no estado. Durante a ação, na cidade de Gravataí, na Região Metropolitana de Porto Alegre, eles acabaram atirando no sargento gaúcho, que morreu.
Em seu depoimento, o policial identificado apenas como Alex pelo delegado Paulo Rogério Grillo, responsável por investigar o caso, afirmou que o militar gaúcho abordou o carro descaracterizado dos agentes sem se identificar e ambos trocaram tiros ao mesmo tempo. Segundo ele, a equipe do Paraná não imaginava que estivesse sendo seguida por um colega, mas sim por um delinquente.
Em nenhum momento, segundo os depoimentos, o sargento se identificou como policial. Os paranaenses tampouco revelaram serem da polícia. Ainda segundo os policias do grupo Tigre, eles dispararam com uma submetralhadora, atingindo o sargento da PM, que antes de morrer disparou quatro vezes com sua pistola.
Desde domingo, os três policiais paranaenses estão presos no Grupo de Operações Especiais da Polícia Civil gaúcha, localizado na Avenida Ipiranga, em Porto Alegre . O delegado Grillo aguarda o resultado da perícia para marcar a reconstituição da morte do PM. (com informações do jornal Zero Hora)