Três suspeitos de participação em explosões de caixas eletrônicos nas cidades de Campina Grande do Sul e Quatro Barras, Região Metropolitana de Curitiba (RMC), foram presos pelo Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) da Polícia Civil. A prisão aconteceu sexta-feira (16), mas os suspeitos foram apresentados nesta terça (20).
"Por determinação do governador Beto Richa, criamos uma força-tarefa de combate a crimes em caixas eletrônicos", explicou o secretário da Segurança Pública e Administração Penitenciária, Fernando Francischini. "Esse é o primeiro resultado efetivo da união das polícias Civil e Militar e do trabalho incansável dos nossos setores de inteligência, com presos e explosivos apreendidos. Temos certeza que duas das grandes quadrilhas que atuavam na cidade estão presas", afirmou Francischini, que acompanhou de perto as investigações e as prisões.
FLAGRANTE - O trio foi autuado em flagrante pelos crimes de associação criminosa, tráfico de drogas, posse ilegal de munições, posse ilegal de substância explosiva e furto qualificado. "Já temos todos os elementos do restante da quadrilha. São outros cinco suspeitos que estão identificados e iniciamos agora uma outra fase para capturar esses demais membros da quadrilha que atuaram nas explosões", complementou o delegado.
PRISÕES - A investigação indicou que a quadrilha fazia questão de ostentar o dinheiro obtido com as ações criminosas, inclusive com imagens nos celulares. Leandro Xavier da Silva, o "Tiririca", 33 anos, e Claudinei de Oliveira, o "Ney", 35 anos, foram presos em flagrante em Pinhais (RMC).
Com eles, os policiais localizaram 21 buchas de cocaína e munições. Já Fábio Gonçalves do Pinho o "Pinho", 33 anos, foi preso em flagrante no Bairro Santa Cândida, em Curitiba.
"Pinho" foi abordado pela polícia em uma casa noturna da região. No veículo Toyota Hilux que estava com ele, os policiais localizaram dois "miguelitos" (ouriços, utilizados para despistar a polícia em tentativas de fuga) e aproximadamente 600 gramas de explosivos, já preparados para serem utilizados.
De acordo com o delegado do Cope, Matheus Laiola, o trio tem envolvimento no arrombamento de dois caixas eletrônicos do Banco Bradesco, em Quatro Barras, na madrugada do último dia 9, quando houve a rendição de um guarda municipal do local.
Já na madrugada do dia 16, em Campina Grande do Sul, também em uma agência do Bradesco, cinco pessoas arrombaram mais dois caixas eletrônicos.
ARMAMENTO – Já a Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) prendeu outras cinco pessoas, suspeitas de envolvimento com crimes cometidos na região da Vila Torres, também na capital.
A polícia trabalha com a possibilidade de que o armamento encontrado junto com os presos era locado para a prática de outros crimes, entre eles, os assaltos a caixas eletrônicos. Eles responderão por associação criminosa.
De acordo com o delegado-titular da DHPP, Miguel Stadler, dois deles têm envolvimento nos assassinatos que ocorreram em um supermercado na Avenida das Torres, no dia 31 de dezembro.
"Duas pessoas estavam em liberdade provisória do sistema prisional, no fim do ano", acrescentou o delegado.Investigações conduzidas pela DHPP apontaram que o tiroteio foi provocado por disputa por pontos de drogas na Vila Torres.