Treze integrantes de uma facção criminosa que atuava em Maringá e região foram presos nesta quarta-feira (24) durante a Operação Bandeira 2. Cem policiais foram destacados para a ação voltada contra os criminosos envolvidos em furto e roubo de veículos, porte e posse ilegal de arma e ao tráfico de drogas. Sete pessoas são consideradas foragidas e estão sendo procuradas pela polícia.
No cumprimento dos 21 mandados de busca e apreensão foram recolhidas facas, balança de precisão, invólucros para armazenagem de drogas e celulares que serão periciados para identificar outros envolvidos e ações da quadrilha. Cinco dos dez mandados de sequestro de bens também foram cumpridos. A ação contou com o apoio do Grupamento de Operações Aéreas (GOA) da Polícia Civil.
A quadrilha é suspeita ainda de crimes como receptação, adulteração de sinal identificador de veículos e lavagem de dinheiro. Além de Maringá, três núcleos distintos da organização criminosa atuavam em Mandaguaçu, Sarandi e Marialva desde 2015.
As investigações foram conduzidas por policias da 9ª Subdivisão Policial de Maringá, em conjunto com o Departamento de Inteligência do Estado do Paraná (Diep), e começaram em fevereiro deste ano após dois crimes na região. Um deles foi o assalto a uma empresa valores em Maringá, no qual foram levados cerca de R$ 300 mil. O outro foi o homicídio de em Sarandi.
Clayton de Almeida Souza foi morto após desavenças e conflitos internos do grupo. A vítima trabalhava como taxista na cidade de Maringá e integrava a organização criminosa, sendo o responsável por transportar os membros do grupo após a subtração dos veículos, buscando os onde estes bens ficariam escondidos.
"Na condução das investigações, percebeu-se ligação entre os crimes e com a troca de informações conseguimos identificar o modo de operação desta quadrilha. Eles roubavam e furtavam veículos e também adquiriam veículos de procedência suspeita que eram trocados por entorpecentes no Paraguai e na Bolívia", explicou o delegado Pedro Fonta. Maconha, cocaína e outras drogas sintéticas eram distribuídas nessa região.
As investigações também mostraram a participação da quadrilha na morte de Marcelo Cruz Maiolino, que era proprietário da Academia Geração Fit, arrendada pelo líder organização criminosa, conhecido como "Dodi". "Durante o trabalho da polícia apreendemos duas armas, cujo confronto balístico mostrou que foram usadas nessas duas mortes atribuídas à quadrilha", explicou o delegado Pedro Fonta.
Os presos estão à disposição da Justiça.