O Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) prendeu nesta quarta-feira (26), em Curitiba, onze integrantes da quadrilha de skinheads, intitulada "Frente Anti-Caos", responsável por espalhar pela cidade adesivos preconceituosos contra homossexuais e negros. O mesmo grupo também é acusado de tentativa de homicídio, espancamentos e de cometer diversas agressões contra judeus, negros e homossexuais em Curitiba.
A operação para a prisão dos criminosos começou às 6h e envolveu cerca de 40 policiais do Cope, acompanhados por oito oficiais de justiça. Eles cumpriram ao todo cinco mandados de prisão e outros dez de busca e apreensão.
Entre os presos, está o acusado de ser líder da quadrilha, Eduardo Toniolo Del Segue, 25, conhecido como "Brasil", professor de jiu-jitsu e sua esposa, Edwiges Francis Barroso, 26. Eles eram os principais alvos da polícia e foram reconhecidos por uma vítima que foi esfaqueada no Centro de Curitiba há menos de um mês. Na casa deles foram encontrados diversos objetos que fazem menção clara ao nazismo.
Além deles, foram presos Bruno Paese Fader, 20, André Lipnharski, 25, Estela Herman Heise, 20, Fernanda Keli Sens, 24, e Drahomiro Michel, 28, conhecido como "Gavião". Quatro adolescentes, acusados de participar do grupo, também foram apreendidos pela polícia. Este grupo cometia ataque a judeus, homossexuais e negros praticamente toda a semana.
O crime de racismo está na Constituição Federal, tipificado na Lei 7.716/89, que proíbe a discriminação de raça, cor, etnia, religião e procedência nacional. A pena pode variar de um a três anos de reclusão e multa. Quando propagada por órgãos de comunicação social, a pena sobe para dois a cinco anos.