O delegado de Jaguapitã, Marcelo Sakuma, pretender começar a ouvir nesta semana as testemunhas que estavam no posto de combustíveis onde Luís Ricardo Alves de Souza, 33 anos, foi baleado na madrugada do último domingo (9). Ele teria sido atingido nas costas após uma suposta discussão com um policial militar, que não estava trabalhando e é o principal suspeito do homicídio. O agente foi afastado do patrulhamento de rua pelo 15º Batalhão de Rolândia, onde está lotado, e teve que entregar a arma. Ele não chegou a ser preso.
Sakuma tem 30 dias para concluir o inquérito, mas pretende encerrar a investigação o quanto antes. Segundo ele, o PM teria brigado com "um grupo de pessoas", mas não soube informar o motivo do atrito. "Conforme o boletim de ocorrência, a vítima teria atacado o suspeito com um canivete. Vou ouvir todos que estavam lá e presenciaram a situação. As imagens das câmeras de segurança serão importantíssimas para saber de fato o que ocorreu", comentou.
A arma deve ser encaminhada para perícia. A família do rapaz, que afirma que ele não tinha antecedentes criminais, contesta a versão oficial. De acordo com a advogada de defesa Nayara Larissa de Andrade Vieira, "não houve nenhuma briga com o Luís Ricardo. Foi uma discussão mais acalorada entre um segurança do posto e outra pessoa. O policial estaria trabalhando como vigia inclusive". Os parentes confirmaram que o homem andava com um canivete porque era pedreiro, mas descartaram que ele teria usado o objeto para tentar ferir o PM.