A Polícia Civil de Arapongas (região metropolitana de Londrina) vai instaurar inquérito para apurar a morte de dois detentos da cadeia pública do município, localizada na rua Tucanos, região central. O intuito é descobrir se eles foram assassinados ou se suicidaram. Carlos Henrique Rodrigues da Silva, 26 anos, e Thiago Silva Portella, 25, assim identificados pelo IML (Instituto Médico-Legal), foram encontrados na manhã da última sexta-feira (3) enrolados em cobertores e com marcas de enforcamento.
De acordo com o boletim de ocorrência, dois agentes da carceragem foram informados por um policial do serviço reservado da Polícia Militar que dois presos seriam mortos no presídio de Arapongas. Para impedir as mortes, os servidores chamaram pelos rapazes, mas foram informados pelos outros encarcerados de que pessoas com esses nomes não estavam ali.
Passado não tão distante
Leia mais:
Homem denunciado por estupro contra adolescente de Cornélio é preso no Amapá
Homem é preso com peixes e patas de capivara em Operação Piracema em Jaboti
Adolescente de 17 anos é encontrado morto a tiros em plantação de Sertanópolis
Dono de veículo ligado à explosão em Brasília foi candidato pelo PL em Rio do Sul
Silva e Portella estavam detidos há seis meses e 15 dias. Segundo a denúncia do Ministério Público, na madrugada de 19 de outubro de 2018, os jovens, acompanhados de um adolescente de 16 anos, assaltaram uma farmácia na avenida Arapongas, a principal do município, e levaram R$ 158 e mais duas latas de leite.
Antes do roubo, os dois entraram primeiramente no estabelecimento, compraram um absorvente e foram embora. No retorno, quando já estavam com o menor, renderam um funcionário com uma faca no pescoço e fugiram com os objetos.
Na saída, o trio se separou, mas o adolescente acabou sendo abordado por um vigilante com os produtos roubados. Outro guarda percebeu a fuga e prendeu em flagrante Silva e Portella
Ainda em outubro, a Justiça de Arapongas considerou que havia "indícios de autoria" e decretou a prisão preventiva dos acusados. Eles viraram réus em novembro. Até o momento, o processo teve duas audiências realizadas, sendo a última no dia 5 de abril.