A Polícia Civil do Rio Grande do Sul indiciou oito pessoas por participação num esquema de venda de cadáveres para universidades.
O delegado André Mocciaro concluiu as investigações nesta quarta-feira (9) e disse que os familiares das pessoas falecidas eram assediados por integrantes do bando quando procuravam os corpos no Departamento Médico Legal (DML). Convencidos, eles retiravam os cadáveres sob o pretexto de enterrá-los em alguma cidade mas, posteriormente, assinavam o termo de doação em troca de algum dinheiro, passagens de ônibus e até comida.
De posse do cadáver, os atravessadores faziam vendas para universidades de diversas regiões. O esquema foi descoberto no final de julho, quando a polícia paranaense deteve dois gaúchos que levavam um cadáver para uma instituição de ensino de Bauru, a 335 quilômetros de São Paulo. Entre os acusados estão funcionários do DML, agentes funerários, atravessadores e pessoas que se fizeram passar por parentes de mortos.