Tudo indicava para um esquema de venda de abortivos pela internet em Maringá, mas o que o Núcleo de Repressão a Crimes Econômicos (Nurce) descobriu foi a negociação de um medicamento tipo laxante que estava sendo comercializado como se fosse Cytotec, medicamento ilegalmente empregado como abortivo.
A ação que prendeu o desempregado Mauri Soares Júnior, 32 anos, foi na tarde desta segunda-feira (22). Ele foi detido sob acusação de oferecer, comercializar e receitar medicamentos abortivos através da internet. No entanto, de acordo com o jornal O Diário de Maringá, a prisão revelou que Júnior enganava os compradores.
Em declaração ao O Diário, o delegado do Nurce, Fernando Hernandes Martins, explicou que as investigações tiveram inicio há dois meses, depois de a polícia encontrar anúncios de venda de Cytotec na internet. Após identificação do autor das postagens, os agentes passaram a monitorá-lo.
Foi na manhã de hoje que o esquema foi desbaratado, após o investigado ter despachado uma encomenda em uma agência dos Correios da cidade. Com o material apreendido, a Justiça concedeu ordem de busca e apreensão na casa do suspeito. No entanto, ao revistar a casa a polícia encontrou cerca de 40 comprimidos de laxantes.
Uma varredura feita em quatro computadores revelaram que ele comercializava os comprimidos como se fossem Cytotec para Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Minas Gerais e Santa Catarina.
A reportagem do O Diário de Maringá detalhou que o comércio era feito por e-mail, com Júnior exigindo R$ 500 pelo kit, que consistia no envio de cinco comprimidos de Cytotec e uma receita, que orientava os consumidores a ingerir os laxantes junto com outros tipos de medicamentos. O comprador pagava 15% do valor no ato da encomenda e o restante ao retirar a encomenda nos Correios. (com O Diário de Maringá)
(Notícia atualizada as 21h30)