Polícia

Polícia descobre desmanche e prende primo de Caboclinho

16 jan 2003 às 18:19

A Polícia Civil de Almirante Tamandaré, município da Região Metropolitana de Curitiba, prendeu nesta quinta-feira Javair Portes de França, após encontrar carcaças de carros roubados em sua chácara, em Itaperuçu, município vizinho. Javair de França é primo do empresário Joarez França Costa, o Caboclinho, preso em 1999 sob a acusação de ser um dos maiores comerciantes de carros furtados no Paraná.

A polícia chegou à chácara de Javair de França ao checar informações de que outro suspeito de furto de carros estaria na região. Segundo o superintendente da delegacia de Almirante Tamandaré, Paulo Roberto Mesquita, peças de carro na propriedade chamaram a atenção dos policais. ''Encontramos uma valeta com cerca de um metro e meio de profundidade e mais de 50 metros de comprimento com várias carcaças de veículos, de carros a caminhonetes. Uma oficina mecânica com várias peças automotivas também funcionava na propriedade'', afirmou Mesquita.


Javair de França alegou não ter envolvimento com a existência do desmanche encontrado, alegando que as carcaças seriam do período em que Caboclinho utilizava a chácara. A versão, segundo Mesquita, não tem sustentação. ''Encontramos peças de carros novos na valeta, sem indícios de corrosão. O painel de uma caminhonete Galloper encontrada indicava apenas 39 mil km rodados. Checamos a origem do veículo através da marca da concessionária fixada na porta, e ao que parece ele foi vendido recentemente'', explicou o superintendente.


De acordo com informações de moradores da região, o fluxo de pessoas e furgões na chácara era intenso, e constantemente chassis de veículos eram jogados no Rio Assungui para dificultar a identificação dos veículos desmanchados. O filho de Caboclinho também foi visto com frequência pelos moradores na região.


Segundo Mesquita, a polícia irá começar a escavação da valeta para analisar os veículos encontrados e periciá-los. Existe a possibilidade da Promotoria de Investigações Criminais (PIC) começar a investigar o caso. ''Eles já assumiram as investigações durante a época em que Caboclinho foi preso, mas até agora não se manifestaram'', disse Mesquita.

*Leia mais sobre o assunto na edição desta sexta-feira da Folha de Londrina


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