A Polícia Civil indiciou por homicídio culposo (quando não há intenção) João Rubens Rodrigues Coloniezi, filho do ex-prefeito de Ibiporã, João Coloniezi, e que no final de setembro deste ano se envolveu em um acidente no centro de Londrina que terminou em morte.
A vítima, identificada como Ana Cláudia Gil Mendes, estava na garupa de uma moto pilotada pelo seu marido. Os dois foram atingidos pelo carro conduzido por Coloniezi na esquina das ruas Quintino Bocaiúva com Benjamin Constant.
Por ter batido forte a cabeça no veículo, Ana sofreu traumatismo craniano e morreu depois de quase um mês internada na Santa Casa. O esposo dela foi uma das últimas pessoas ouvidas no inquérito, já encaminhado ao Ministério Público para oferecimento ou não de denúncia criminal.
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Além do acidente, Coloniezi agrediu o repórter cinematográfico Rodrigo Marques, da RICTV, que fazia a cobertura jornalística da ocorrência. Ele foi jogado no chão pelo motorista, deslocou o ombro e precisou passar por cirurgia. Ainda está afastado do trabalho.
Como Ana morreu no hospital, a Polícia Civil teve que mudar o crime que Coloniezi seria indiciado. Inicialmente, ele responderia por lesão corporal, mas agora deve ser processado por homicídio culposo, que tem uma pena maior. Ele chegou a ficar preso dois dias, mas acabou solto em audiência de custódia sem a necessidade de pagar fiança.
Em depoimento, o jovem admitiu ter ingerido bebida alcoólica horas antes de pegar o carro. "A defesa concorda e vê como acertada a decisão do delegado José Arnaldo Peron, responsável por presidir as investigações, ao indiciar o João Rubens por homicídio culposo. Isto porque, da análise de todos os elementos de prova existentes no inquérito, incluindo filmagens já angariadas, todos demonstram que o motorista não tinha intenção alguma de ocasionar o acidente, que, infelizmente, levou a óbito a vítima", diz a nota enviada à reportagem pela defesa.
De acordo com o advogado Alfeu Brassaroto Júnior, que representa Coloniezi, "o motorista nega que estava sob a influência de álcool no momento do acidente, conforme será amplamente comprovado. Tudo não se passou de uma fatalidade, ocorrida em um cruzamento complicado, onde já ocorreram diversos outros acidentes de tamanha gravidade. Por fim, o motorista se encontra ainda totalmente abalado com a situação, haja vista que nunca se envolveu em fato semelhante e jamais assumiu o risco de provocar esse acidente”, conclui.
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