Polícia

Polícia apreende carga com 30 mil litros de solvente

14 fev 2003 às 17:38

Policiais da Delegacia de Estelionato e Desvio de Cargas prenderam, em flagrante, na madrugada desta sexta-feira, os motoristas Marcos Walter dos Santos, 36 anos, e Luiz Cláudio Furlan, 34 anos. Eles estavam com um caminhão carregado com 30 mil litros de solvente que, supostamente, seriam usados na adulteração de gasolina de uma distribuidora de combustíveis de Curitiba. Os dois responderão a processo por estelionato. O produto ainda passará por análise.

A carga apreendida na divisa entre Curitiba e Campo Largo (região metropolitana), segundo o escrivão da Estelionato, Ivan Duarte, vinha de Cachoeirinha, no Rio Grande do Sul, e teria como destino a cidade de Jaguariaíva (118 quilômetros ao norte de Ponta Grossa). Segundo depoimento dos acusados, a carga seria entregue à distribuidora Petropar - Petróleo e Participações Ltda., que tem sede em Curitiba.


Santos e Furlan também disseram à polícia que, semanalmente, traziam para a empresa 90 mil litros de solvente. Pelo volume, a polícia calcula que o lucro ilegal dessa operação seria de aproximadamente R$ 400 mil por semana.


Segundo o escrivão, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) foi comunicada do fato e os responsáveis pela Petropar serão intimados a prestar esclarecimentos. Duarte informou, ainda, que o delegado responsável pelo caso, Agenor Salgado, vai investigar o envolvimento de outras pessoas com o esquema de adulteração de combustíveis e se há conexão com os estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul.


O dono da Petropar, Walter Dettmer Neto, alegou desconhecer que a carga de solvente seria destinada a sua empresa. Disse que ficou sabendo da acusação pela imprensa. O empresário negou qualquer operação irregular, dizendo que ontem mesmo fiscais da Coordenadoria Estadual de Defesa do Consumidor (Procon-PR), acompanhados de policiais, vistoriaram um descarregamento de gasolina em um posto em Curitiba e as análises não acusaram adulteração.

O Procon-PR informou, por meio da assessoria de imprensa, que os fiscais fizeram análise apenas da gasolina da bomba de um posto bandeira branca e não constataram irregularidades. O caminhão da Petropar que chegou ao mesmo posto no momento da fiscalização, segundo o Procon-PR, foi abordado apenas pela Receita Estadual.


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