O Batalhão de Polícia Ambiental Força Verde, da 2ª Companhia de Londrina, apreendeu, nesta quarta-feira (22), 114 pássaros silvestres no Conjunto Parigot de Souza, na Zona Norte de Londrina.
A PM (Polícia Militar) recebeu uma denúncia por meio do 181 e enviou uma equipe até o local onde os animais eram mantidos em cativeiro de forma ilegal. Segundo os agentes, ao chegar à residência, era possível observar gaiolas penduradas na varanda.
O portão do imóvel se encontrava trancado e os policiais constataram que ninguém estava presente no local no momento. Com isso, a PM verificou que o denunciante informou outro endereço, próximo a este primeiro.
Os agentes se deslocaram até a residência e encontraram o homem que seria responsável pelo cativeiro de pássaros silvestres. O indivíduo confirmou à PM que não tinha a devida autorização para criar os animais, uma vez que sua licença foi bloqueada em 1992.
O homem cooperou com os policiais e permitiu a entrada dos agentes na residência. Com isso, a PM constatou a presença de pássaros em cativeiro em praticamente todas as dependências do imóvel.
Ao total, foram apreendidas 114 aves, além de diversas gaiolas, alçapões e itens para o transporte de pássaros.
A PM constatou, ainda, que houve prática de maus tratos contra os animais, uma vez que muitas gaiolas continham acúmulo de fezes, bebedouros com água em tons esverdeados e frutas e verduras em estado de putrefação. Muitas aves apresentavam, também, mutilações e lesões nas patas e nos bicos.
Todas as aves apreendidas foram encaminhadas imediatamente ao HV (Hospital Veterinário) da UniFil (Centro Universitário Filadélfia), que será responsável pelos devidos cuidados e pela recuperação dos animais.
De acordo com Daniele Martina, médica veterinária responsável pelo setor de animais selvagens do HV da UniFil, todos os pássaros chegaram à instituição em estados precários e, por isso, irão passar por uma triagem composta por exames e por alimentações especiais.
A profissional informa, ainda, que os animais que estiverem aptos serão devolvidos ao seu habitat natural.
O homem acusado pelo crime assinou um Termo Circunstanciado de Infração Penal, além de um Auto de Infração Ambiental.