A Polícia Federal prendeu nesta quinta-feira (14) sete pessoas acusadas de participar de uma quadrilha de tráfico internacional de mulheres. O grupo seria comandado por uma mulher que se intitula "a maior cafetina do Brasil", Jiselda Oliveira, também conhecida como Gigi, que foi presa no Centro de São Paulo sob a acusação de tráfico internacinal de mulheres. As informações são do G1/globo.com.
Jiselda se apresentava como artista plástica e negociante de obras de arte. Para a polícia, era apenas fachada para acobertar a rede de prostituição. Em três apartamentos supostamente ligados a ela, a PF apreendeu agendas, programas de computador e possíveis provas da contabilidade da quadrilha.
A operação contou com cem agentes federais que cumpriram sete mandados de prisão e 18 de busca e apreensão na capital paulista, em Juquitiba e Santo André, na Grande São Paulo. De acordo com a PF, todos os presos já estão na Superintendência em São Paulo.
Além de Jiselda, a polícia prendeu o suposto agenciador Raimundo Marcos Pereira na Rua Batatais, na Zona Sul de São Paulo. Os outros cinco detidos ainda não tiveram os nomes divulgados.
Segundo o G1, a investigação que levou ao grupo começou por causa de uma denúncia e durou seis meses. No esquema, os clientes entravam em contato com os criminosos e descreviam o tipo físico da pessoa que queriam. Os agenciadores mandavam fotos por e-mail para os interessados escolherem. O preço podia chegar a R$ 100 mil. Além disso, o grupo oferecia pacotes de 15 dias na Europa com as vítimas, cujo preço variava de 500 a 1.500 euros.
Os presos responderão por formação de quadrilha, tráfico de mulheres, rufianismo (tirar proveito da prostituição), além da intermediação do transporte de pessoa para exercer prostituição, cujas penas variam de 1 a 8 anos de reclusão.