A PF (Polícia Federal) deflagrou, nesta quarta-feira (27), a 17ª fase da Operação Lesa Pátria, com o objetivo de “identificar pessoas que depredaram, instigaram, financiaram e fomentaram” os atos de vandalismo ocorridos nas sedes dos Três Poderes, em Brasília, na tentativa de golpe do 8 de janeiro de 2023.
Conforme os investigadores, três mandados de prisão preventiva e dez mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos por determinação do STF (Supremo Tribunal Federal) em São Paulo, Paraná, Minas Gerais, Goiás e no Distrito Federal.
Um dos alvos é Aildo Francisco Lima, que fez uma live durante a invasão do STF (Supremo Tribunal Federal) na cadeira do ministro Alexandre de Moraes. Ele foi preso em São Paulo.
Outro mandado de prisão já cumprido foi contra Basília Batista. Presa em São Paulo, ela chegou a ser detida no dia dos atos golpistas mas foi liberada pela PF.
“Os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido”, diz a Polícia Federal.
A operação da PF tem origem nas quatro frentes de investigação abertas após os atos de 8 de janeiro.
Uma delas mira os possíveis autores intelectuais, e é essa frente que pode alcançar Bolsonaro. Outra tem como objetivo mapear os financiadores e responsáveis pela logística do acampamento e transporte de bolsonaristas para Brasília.
O terceiro foco da investigação PF são os vândalos. Os investigadores querem identificar e individualizar a conduta de cada um dos envolvidos na depredação dos prédios históricos da capital federal.
A quarta linha de apuração avança sobre autoridades omissas durante o 8 de janeiro e que facilitaram a atuação dos golpistas.