O interrogatório do consultor de vendas Ricardo Seidi dado à Polícia Civil neste domingo (28) trouxe novos detalhes à investigação da morte de Eduarda Shigematsu, 11 anos. O corpo dela foi encontrado nos fundos de uma casa na rua Manoel Carreira Bernardino, no centro de Rolândia. O imóvel pertence ao pai da menina, considerado o principal suspeito do crime.
A garota estava desaparecida desde a última quarta-feira (24). Investigadores de Rolândia receberam o apoio de equipes do Sicride (Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas). Ricardo negou ter matado a própria filha, mas confessou que enterrou ela no quintal da residência. Ele está preso por ocultação de cadáver.
"Analisando imagens de câmeras de segurança, constatamos que a Eduarda chega em casa da escola, isso perto de 12h. O pai sai uma hora e meia depois em um Gol preto. Ele admitiu que a adolescente já estava morta quando fez esse trajeto. Ao ser interrogado, o suspeito afirmou que encontrou a menina enforcada e, desesperado, transportou até a outra casa", disse o delegado adjunto de Arapongas, Ricardo Jorge, responsável pelo caso.
Na quinta, o pai usou seu perfil no Facebook para compartilhar uma notícia do desaparecimento da filha. Para a polícia, a prisão do homem não representa o fim da apuração. "Ouvimos também a avó da Eduarda, que, ao que tudo indica, sabia da morte da neta desde a data do desaparecimento. Encontramos uma carta que supostamente foi escrita pela vítima, onde descreve seu descontentamento", esclareceu Jorge.
O delegado aguarda o laudo de necropsia do Instituto Médico-Legal (IML) para confirmar se houve alguma lesão em Eduarda, que foi sepultada nesta segunda-feira no Cemitério Municipal de Rolândia.