A Operação João de Barro, deflagrada na última terça-feira pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), contra crimes ambientais e corrupção ativa e passiva cometida por madeireiras, policiais ambientais e fiscais do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) resultou na prisão de 14 pessoas até esta quinta-feira, segundo balanço divulgado pelo Ministério Público.
No total, foram cumpridas 36 conduções coercitivas, 22 buscas domiciliares e três buscas em estabelecimentos comerciais. Além disso, uma madeireira foi interditada. Todos os 14 presos foram detidos em flagrande por porte ilegal de arma. Foram apreendidas, ainda, 24 armas longas (espingardas e carabinas), três revólveres, duas pistolas e uma garrucha, bem como mais de 6 mil munições (inclusive de calibre restrito).
Durante a operação, também foram apreendidos R$ 34 mil em espécie, mais de R$ 27 mil em cheques e aproximadamente 4 mil dólares, afora cerca de 22 quilos de carne de animais silvestres, provenientes de caça, e outros objetos usados por caçadores, como punhais, mira a laser, lunetas, rádio-comunicadores e faroletes.
A ação do Gaeco e da Polícia Militar é resultado de uma investigação do Gaeco de Guarapuava e aponta situações, ocorridas desde 2010, de crimes de corrupção ativa e passiva e crimes ambientais, como corte ilegal de árvores, obstáculo à fiscalização, comercialização e transporte ilegal de madeiras. A investigação aponta o envolvimento de policiais da Força ambiental, de servidores do Instituto Ambiental do Paraná e de empresários e funcionários do setor madeireiro.
As medidas foram cumpridas nos municípios de Curitiba, Guarapuava, Imbituva, Ivaí, Guamiranga, Irati, Inácio Martins, Laranjeiras do Sul, Ponta Grossa, Prudentópolis, Reserva, Teixeira Soares e Tibagi.