Polícia

Operação desbarata esquema de envio ilegal de mercadorias

06 dez 2005 às 10:06

A Polícia Federal desencadeou nesta terça-feira (06) operação para desbaratar uma quadrilha que coordenava um esquema ilegal de envio de mercadorias procedentes do Paraguai.

A Operação Canil está ocorrendo nos estados do Paraná (Foz do Iguaçu,Maringá,Cascavel), São Paulo (Santo André ,Ribeirão Preto), Rio Grande do Sul (Sapiranga) e Amazonas (Manaus). Os mandados de prisão e apreensão de mercadorias foi expedido pelo Juízo da Primeira Vara Criminal Federal de Foz do Iguaçu.


O crime estava sendo investigado desde março e contou com o apoio da Receita Federal.


Segundo informações da assessoria de imprensa da PF de Foz do Iguaçu, mercadorias procedentes de Ciudad del Este eram introduzidas ilegalmente em território brasileiro e depois remetidas a seus destinatários, através de empresas de transporte na cidade de Foz do Iguaçu/PR ou via correios.


Tais mercadorias deixavam a cidade acompanhadas por notas fiscais falsas. A documentação provinha da cidade de Ribeirão Preto/SP e chegava a Foz do Iguaçu despachada através encomendas aéreas e, inicialmente, tinham como remetentes "CASA DO CACHORRO" (expressão que inspirou o nome da Operação Policial) e "SETE OLIVEIRAS".


De acordo com a assessoria, a quadrilha, chefiada por João Marcos Cosso , contava com a participação de laranjas (atravessadores de mercadorias do Paraguai), vendedores, empresários do setor de transporte de mercadorias e proprietários de lojas de informática.


Cosso, responsável também pela falsificação das notas, atuava basicamente de duas formas. Uma delas consistia em promover a importação ilegal de mercadorias procedentes de Ciudad del Este e de Miami, as quais eram remetidas a várias empresas sediadas em diversos Estados da Federação, acompanhadas de notas fiscais falsas. A segunda linha de atuação era apenas fornecer notas fiscais falsas a outros contrabandistas e sonegadores de impostos.


Os investigados serão interrogados e indiciados pelos delitos de descaminho, formação de quadrilha e falsificação de documentos.


O valor total dos tributos sonegados ainda não foi apurado.

Um balanço final da operação deve ser divulgado ao final das diligências em todos os estados.


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