O Ministério Público de São Paulo solicitou nesta segunda-feira (22) à Polícia Civil de São Paulo e a Polícia Militar que seja entregue em um prazo máximo de três dias a lista integral dos mortos nos conflitos envolvendo forças policiais ocorridos no estado entre os dias 13 e 19. O MP também pediu às polícias que sejam enviadas em um prazo de cinco dias as cópias dos boletins de ocorrência relativos às mortes no período.
O Ministério Público requisitou ainda ao Instituto Médico Legal (IML) de São Paulo que sejam entregues em cinco dias todos os laudos periciais relativos às mortes violentas ocorridas no período. De acordo com a portaria publicada pelo Ministério Público, a finalidade dos requerimentos é de apurar fatos noticiados pela imprensa sobre eventuais abusos de poder cometidos por policiais civis e militares durante a repressão à violência desencadeada por criminosos integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC).
Desde o dia 16, entidades de defesa dos direitos humanos pedem à Ouvidoria Geral da Polícia de São Paulo a apuração das circunstâncias de morte dos suspeitos de praticar ataques contra bases policiais. As entidades, que participaram de reunião na Assembléia Legislativa do estado de São Paulo na data, disseram que tinham informações de que pessoas inocentes, como estudantes, teriam sido mortas durante a ação de repressão da polícia.
Advogados do PCC prestam depoimento à CPI
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara que investiga o tráfico de armas no país nesta terça-feira (23) os advogados Maria Cristina de Souza Rachado e Sérgio Wesley da Cunha. Os dois prestam serviços advocatícios para membros da organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) e teriam comprado uma fita com gravação de áudio de uma sessão reservada realizada pela CPI com dois delegados de São Paulo.
A tomada dos depoimentos – que contará com a presença de Arthur Vinicios Pilastre Silva, ex-funcionário terceirizado que vendeu a fita – ocorre às 14 horas no plenário 14 da Câmara. Na mesma sessão, os membros da CPI devem definir o local do interrogatório de Marcos Herbas Camacho (Marcola), líder do PCC.
Informações da ABr