A adolescente Taciane Araújo, 14 anos, que levou um tiro na cabeça, no dia 2, em Pinhais, Região Metropolitana de Curitiba, não resistiu e morreu ontem por volta das 6 horas. O quadro era grave desde o início. Ela estava inconsciente, não fixava o olhar e respirava por aparelhos.
Quando levou o tiro, Taciane estava grávida de seis meses. O bebê, uma menina, nasceu e ontem estava com infecção generalizada e com quadro considerado gravíssimo. A criança está internada no Hospital do Trabalhador.
O tio de Taciane, Jorge Luiz Batista, quer que o culpado pelo crime seja punido urgentemente. O suposto autor dos disparos, um jovem de 19 anos, está foragido. ''A gente quer que a Polícia Civil dê um jeito neste caso. Não podemos deixar a morte da minha sobrinha impune. A gente tem direito de saber exatamente o que aconteceu e de exigir que o culpado seja punido com cadeia.''
No dia do crime, a jovem estava com outras duas amigas adolescentes. Elas tinha ido na casa de um parente de Taciane, quando foram abordadas pelo jovem de 19 anos. Inicialmente, as amigas contaram à polícia que ele teria mostrado uma arma engatilhada e, ao manuseá-la, disparou. Mais tarde, as duas contaram que foram forçadas a inventar uma versão para o crime por medo do jovem - que seria um traficante conhecido na região e inimigo do ex-namorado de Taciane. Os dois disputariam espaço para atuação em Pinhais.
O delegado adjunto de Pinhais, Osmar Neves Feijó, admitiu que trabalha com a hipótese de morte ligada ao tráfico de drogas. Outra informação passada pelas adolescentes é que o jovem de 19 anos teria interesse na adolescente, mas ela se negava a ter qualquer tipo de relacionamento.
Folha de Londrina