O menor C.D., 14 anos, apreendido mais de 100 vezes por vários delitos, principalmente furtos, foi transferido da cadeia de Sarandi (7 km de Maringá) para o Educandário São Francisco, em Curitiba.
O pai do adolescente é alcoólatra e ex-presidiário e a mãe cumpre pena na cadeia por homicídio. Assim, C.D. cresceu nas ruas de Sarandi e aprendeu todo tipo de malandragem para se defender.
Em julho de 2002 quando foi apreendido pela centésima vez, o então delegado-chefe de Sarandi, José Maurício de Lima, afirmou que o menino tinha mais garantia de vida dentro da cadeia do que fora dela.
Viciado em cola de sapateiro, o garoto já tinha se envolvido em várias brigas, sendo que em uma delas foi parar na UTI.
C.D. tinha o costume de roubar os aposentados. Ele conhecia a maioria dos idosos e não hesitava em atacá-los na saída dos bancos, quando tinham acabado de sacar a aposentadoria.
Para o delegado, C.D. não tinha mais condições de ser transferido para uma instituição de regime aberto porque sempre acabava fugindo.