A criança de dois anos e sete meses que foi morta espancada pelo próprio pai na última segunda-feira (6), em Londrina já tinha sido retirada dos pais pelo Conselho Tutelar por três meses. Em entrevista à rádio Paiquerê AM, a conselheira tutelar Leoni Alves Garcia explicou que a decisão aconteceu depois de denúncias sobre o pai do menino.
Segundo ela, desde o começo de 2011 vizinhos da família denunciavam os maus tratos à criança. A mãe do menino também sofria agressões do marido e foi incluída no serviço de proteção à mulher. Ela chegou a deixar a residência e ficar junto com o filho em um abrigo próprio para vítimas de maus tratos, mas deixou o programa por vontade própria e voltou para casa.
Depois disso, as denúncias continuaram e o menino foi retirado da família por três meses. No final do ano passado, houve um estudo de caso pela rede de serviço e a criança foi devolvida à família. Segundo Leoni, as denúncias davam conta de que o pai do menino, Ivan Ramos de Macedo, era bastante violento. Após o estudo de caso houve inclusive uma indicação para que Ivan passasse por acompanhamento psicológico.
Pai do menino foi preso
Na noite de segunda-feira (6), o pai do menino foi detido pela polícia. Ele confessou ter batido na criança com uma cinta e revelou que as agressões eram constantes. O menino foi abandonado no Hospital da Zona Norte depois de ter apanhado do pai. Ele deu entrada no hospital com parada cardiorespiratória e diversos hematomas.
Na manhã desta terça (7), a casa da família foi incendiada. A suspeita é de que os vizinhos, revoltados com a situação, tenham ateado fogo na residência como forma de retaliação.
(Com informações da Paiquerê AM)