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Crime passional

Marido é principal suspeito de matar comissária de bordo

Agência Estado
10 mar 2015 às 16:15

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A comissária de bordo Michelli Martins Nogueira, de 31 anos, foi encontrada morta dentro de uma mala na noite desta segunda-feira, 9, na altura do quilômetro 50 na Rodovia Dom Pedro I, em Nazaré Paulista, no interior de São Paulo. Funcionária da companhia aérea Azul, ela apresentava ferimentos na boca e na cabeça. Julio César Arrabal, de 40 anos, com quem Michelli morava há dez anos, foi encontrado enforcado dentro de casa em Sumaré, também no interior, horas depois.

Para a Polícia Civil, a principal suspeita é de que Michelli tenha sido vítima de um crime passional. "O próximo passo das investigações é ouvir os parentes da vítima para saber como estava a relação dos dois", afirmou o delegado Luiz Carlos Viliotti, titular da Delegacia de Nazaré Paulista.

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O corpo da comissária foi encontrado por um casal que procurava um aparelho celular que havia perdido enquanto pescava na Represa de Nazaré no fim de semana. Foi encontrada uma bolsa com documentos de Michelle, incluindo o crachá da Azul, e roupas femininas. O casal foi até uma unidade da Polícia Militar e avisou aos oficiais havia encontrado uma mala. No entanto, os dois não tinham certeza se era um corpo ou um boneco. Os policiais foram ao local e constataram que Michelle estava morta.

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Como provavelmente a mala tenha sido arremessada da rodovia em direção à represa, o zíper arrebentou e a vítima foi encontrada com as duas pernas do lado de fora da bagagem. O corpo não apresentava rigidez cadavérica. Um dos indícios que apontam Julio como autor do crime é que o seu carro foi flagrado por um radar da Polícia Rodoviária na altura do quilômetro 72 da Rodovia Dom Pedro I, no sentido de Campinas, às 10h30 de segunda-feira.

Avisado pela polícia, um irmão de Michelle foi até a casa onde ela morava com Julio na Rua Celso Percina de Camargo, em Sumaré, e estranhou que o carro de Julio, um Chevrolet Classic Preto, estava estacionado do lado de fora da residência e não na garagem como era de costume. O irmão chamou a Guarda Civil Metropolitana (GCM) da cidade. Juntos, eles entraram por volta das 2h30 desta terça-feira, 10, e encontraram o corpo de Julio enforcado com um cinto dentro da sala. Segundo a Polícia Civil, havia marcas de sangue na casa. Os policiais encontraram ainda uma garrafa de vodca praticamente vazia e sacolas plásticas, usadas para o armazenamento de drogas, vazias, o que indicaria para a polícia que Julio pode ter se drogado para cometer o crime. Uma faca com marcas de sangue também foi apreendida.


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