Mais um detento foi assassinado em presídio controlado pelo Primeiro Comando da Capital (PCC), no interior de São Paulo. Fábio de Oliveira Quintino, de 31 anos, foi morto nesta quarta-feira 20, quando cumpria pena na Penitenciária de Montalvão, em Presidente Prudente. Um dos companheiros de cela, Washington Luís Santana de Deus, de 24 anos, assumiu a autoria do crime, mas não revelou os motivos. Quintino foi morto por asfixia e golpes na cabeça, arremessada contra as paredes da cela, causando lesões no rosto e na testa. Também havia um corte no pescoço da vítima, causado por uma linha usada para asfixiá-la.
É a terceira morte neste mês nos presídios da região. Outros dois homicídios foram registrados na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, onde estão detidos os principais líderes do PCC, entre eles Willians Herbas Camacho, o Marcola, comandante da facção. O primeiro homicídio ocorreu no dia 8 de novembro quando José Ivan dos Santos Souza, de 29 anos, foi encontrado morto, por estrangulamento. Ele cumpria pena na cela do 4° pavilhão, reservado aos condenados por roubo, tráfico e sequestro. Um dos presos que cumpria pena com Souza assumiu o crime.
O outro homicídio foi em 14 de novembro. Paulo Rogério dos Santos, 37 anos, que cumpria pena por roubos, foi encontrado estrangulado. Cinco detentos foram se apresentaram como autores do crime e assim como os demais acusados, foram transferidos para a Penitenciária 1 de Presidente Venceslau. A unidade é exclusiva para receber detentos indisciplinados. Como punição, eles ficam isolados durante 15 dias numa cela, sem contato com o mundo exterior. Mesmo presos, todos responderão processos pelos crimes cometidos.