O HU (Hospital Universitário) confirmou nesta sexta-feira uma leve melhora no quadro de saúde da criança de quatro anos que teria sido queimada pelo próprio pai, de 52 anos, em Carlópolis (Norte Pioneiro). Ela permanece em observação na Central de Tratamento de Queimados (CTQ), onde também está internada sua mãe, Sueli Pedroso de Oliveira, que teve 60% do corpo afetado pelas chamas. Porém, a assessoria do hospital ressaltou a situação das duas ainda é considerado grave.
O caso aconteceu na tarde da última quarta (21). O homem foi preso pela Polícia Militar depois de atear fogo na casa e fugir com outro filho do casal, um adolescente de 13 anos. A PM foi chamada por vizinhos, que conseguiram apagar o incêndio. Durante as buscas, eles encontraram o menor, que foi encaminhado para o Conselho Tutelar. O pai foi localizado por outra equipe policial procurando atendimento no hospital do município.
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Na unidade, antes de ser atendida, a mulher teria informando que o marido incendiou o imóvel depois que os dois discutiram. Ela, no entanto, não revelou o motivo da briga e comentou que o companheiro "jogou mais gasolina em suas costas" mesmo após o começo do incêndio. Na delegacia, o suspeito não quis falar nada para a delegada Patrícia Taborda, responsável pelo inquérito.
Autuado por tentativa de feminicídio, o homem está preventivamente, ou seja, por tempo indeterminado. Na decisão, a juíza Paula Chedid Magalhães avaliou que o suposto crime foi cometido por motivo banal. Ela escreveu que "o ambiente familiar é o local onde se exerce o maior conforto e liberdade nesta vida, mas igualmente demanda maior reprovabilidade legal quando sua paz é violada".
Segundo a magistrada, o suspeito "revela profunda desconsideração não só com sua esposa, mas também com toda a coletividade e a própria filha". A Polícia Civil ainda não concluiu o inquérito.