O início de 2018 já é considerado o mais tranquilo dos últimos quatro anos em Londrina. Até a noite de quarta-feira (31), o município registrou seis mortes violentas. O mais tranquilo dos últimos quatro anos. Em 2017, foram 17, em janeiro de 2016, 27, em 2015 e 2014, 11 pessoas mortas em cada um dos anos. Segundo o levantamento da reportagem do NossoDia, em 2018, dos seis casos, foram dois homicídios (crime contra a vida), dois latrocínios (roubo seguido de morte) e dois confrontos (com forças de segurança).
O último aconteceu na madrugada de 21 de janeiro. Ederson Cristiano Euflasio da Cruz, 30 anos, morreu em confronto com a Polícia Militar no Conjunto São Jorge, zona norte de Londrina, na Rua Eller Sprojer de Almeida. Uma submetralhadora caseira foi apreendida com o rapaz. Ele era suspeito da morte do subtenente Ernani Euzébio da Silva, vítima de latrocínio em 18 de janeiro.
Todas as vítimas de 2018 eram do sexo masculino. Duas morreram na região norte, outras duas na sul, uma delas foi morta na zona leste e a outra na região oeste de Londrina. Quase um terço dos registros do mês de janeiro de 2017, quando cerca de 17 foram mortos na cidade.
Ano mais sangrento
O janeiro mais sangrento dos últimos quatro anos foi o de 2016. O mês fechou o período com pelo menos 34 mortes violentas. Mais de um caso por dia. O número de mortes disparou com a chacina entre as noites de 29 e 30, quando ao menos 12 pessoas foram executadas. A série de assassinatos e tentativas de homicídio foi registrada após a morte do policial militar Cristiano Bottino em 29 de janeiro, zona norte. Após dois anos, nenhum suspeito foi julgado. Ao todo, há 17 inquéritos em andamento. Dois policiais militares foram denunciados pelo Ministério Público no último fim de semana, por tentativa de homicídio contra três homens, na zona sul de Londrina, na madrugada do dia 30 de janeiro em meio à chacina.