O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), disse nesta quarta-feira (22) que o projeto de terceirização em apreciação no plenário da Casa tem as digitais apenas dos empregadores. "O projeto do jeito que está é um 'emendão' que tem as quatro mãos e toda articulação via empregador, o empresário. Não preserva minimamente a questão dos trabalhadores. Não pode o Congresso pender só para um lado", disse.
Ele defendeu a emenda do PT que tenta vetar a liberação da terceirização em todas as atividades de uma empresa e não apenas nas atividades-meio. "O projeto quebra algumas normas que estão estabelecidas na CLT e na Constituição", disse.
Guimarães disse que o governo deve insistir para mudar pontos do projeto no Senado, caso perca na votação de emendas em plenário da Câmara. Ele comemorou as declarações do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que disse mais cedo que a regulamentação não pode ser "ampla, geral e irrestrita". "Acho que é um sinal positivo e que o presidente Renan vai dialogar com o País", disse.