Polícia

Justiça condena três homens por assassinato de empresário em véspera de Natal

11 set 2017 às 15:21

O juiz da 3ª Vara Criminal de Londrina, Juliano Nanuncio, condenou os três homens acusados de matar, em dezembro de 2015, o empresário Antônio Quinelato, 61 anos, que era proprietário de um supermercado situado no Jardim do Sol, zona oeste de Londrina. Segundo a decisão, Higor da Silva Marcondes, Luiz Fernando Ferreira da Silva e Willian Camargo Soares dos Santos terão de cumprir penas em regime fechado que ultrapassam 20 anos.

O caso foi tratado pela Polícia Civil como latrocínio. Os agora condenados moravam no Jardim Nossa Senhora da Paz, também na região oeste. Conforme as investigações, o comerciante foi morto após fechar o supermercado e dispensar o segurança. Era véspera de Natal e Quinelato retornava para casa quando foi abordado pelos assaltantes. Eles teriam pedido dinheiro, mas não esperavam pela reação da vítima, que estava munida de uma pistola. Higor atirou contra o peito do empresário, que, apesar do atendimento prestado por socorristas do Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma em Emergência (Siate), morreu no local.


Após os disparos, Luiz Fernando e Higor teriam fugido em um Chevette conduzido por Willian, que aguardava a dupla. Este último era o único que permanecia preso um ano e meio após o latrocínio. O carro foi abandonado a cerca de 300 metros do mercado. Na face processual, a defesa de Willian alegou que o veículo possivelmente usado na fuga teria sido vendido por R$ 1.00 a um morador de Cambé.


Willian foi preso pelos investigadores da 10ª Subdivisão Policial (SDP) em novembro de 2016. Na delegacia, ele confessou o crime, mas não entregou os outros dois. O advogado Marcelo Aparecido Camargo de Souza, que defende Higor, disse que "ficou surpreso" com a condenação dada por Nanuncio. "Não há nenhuma prova. Ele teria sido denunciado por uma vizinha, que não formalizou o depoimento na delegacia. Vamos entrar com recurso no Tribunal de Justiça", apontou.

As defesas de Luiz Fernando Ferreira da Silva e Willian Camargo não retornaram o contato feito pela reportagem.


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