Até a manhã desta terça-feira (13) apenas sete das mais de 20 testemunhas arroladas inicialmente para depor no julgamento dos três acusados de terem matado a garota Giovanna dos Reis Costa, de 9 anos, em 2006, num ritual de magia negra, em Quatro Barras, tinham prestado depoimento. O julgamento começou na segunda-feira no Tribunal do Juri, em Curitiba, e a previsão é que só seja concluído na quarta-feira.
Estão sendo julgados os ciganos Vera Petrovitch, de 64 anos, também conhecida como cartomante Diva; o filho dela, Pero Theodoro Petrovich, 24: e Renato Michel , sogro de Pero na ocasião. Eles foram denunciados pelo promotor de Justiça Octácilio Sacerdote Filho, por homicídio duplamente qualificado da menor, em um ritual de magia negra. Segundo a denúncia, Vera seria a mentora do crime. A mãe precisava do sangue de uma virgem (no caso a Giovanna) para um ritual que garantisse prosperidade e, principalmente, a virilidade de outro filho, que se casaria naqueles dias.
A estratégia do advogado de defesa, o criminalista Cláudio Dalledone Júnior, foi tentar desqualificar o trabalho da delegada Margareth, apontando contradições no inquérito policial. Dalledone também lançou dúvidas sobre a autoria do crime, ao citar como suspeito o motorista Martônio Alves Batista, morador próximo do local do crime.
Giovanna dos Reis Costa desapareceu no dia 10 de abril de 2006. Ela tinha sápido de casa à tarde para vender uma rifa de páscoa feita pelo colégio dela. Dois dia depois ela foi encontrada morta, em um terreno baldio, no Jardim Patrícia, em Quatro Barras, perto da casa onde morava. Ela estava dentro de um saco de lixo azul, nua e amarrada com fios de luz.
As investigações concluíram que Giovanna foi vítima de esganadura e morta em ritual de magia negra.