A juíza substituta de Carlópolis (Norte Pioneiro), Natália Calegari Evangelista, manteve a prisão preventiva - aquela que vale por tempo indeterminado - de Antônio de Oliveira, 52 anos, o principal suspeito de atear fogo na casa em que estavam sua esposa, Sueli Pedroso de Oliveira, e uma filha do casal de apenas quatro anos de idade. O caso aconteceu na última quarta-feira (21).
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As duas estão internadas em estado grave na Central de Tratamento de Queimados (CTQ) do HU (Hospital Universitário). A mãe teve 60% do corpo queimado, mas, segundo informado pela assessoria ao Bonde, a garota inspirava mais cuidados. A decisão que determinou a permanência do homem na cadeia de Carlópolis saiu após audiência de custódia realizada nesta segunda (26).
A sessão durou poucos minutos, mas foi suficiente para que Antônio Oliveira desse mais detalhes do que aconteceu na residência. Quando foi preso em flagrante, não relatou nada na delegacia. Diante da juíza, negou ter sido agredido pela Polícia Militar e confessou "que correu após o incêndio porque ficou com medo. Me escondi e peguei uma carona até o hospital".
Segundo a PM, Oliveira foi encontrado na unidade de saúde de Carlópolis por outra equipe. A versão condiz com a apresentada pelos agentes à delegada Patrícia Taborda, responsável pelo caso. Nos depoimentos eles disseram que foram informados por vizinhos de que o suspeito fugiu com outro filho, um adolescente de 13 anos, para um matagal.
O menor foi encontrado durante as buscas e admitiu que o pai havia buscado atendimento no hospital. Ele foi encaminhado para o Conselho Tutelar. O homem foi autuado por tentativa de feminicídio. O inquérito policial ainda não foi concluído.