Polícia

Homem é preso acusado de clonar cartões de crédito

26 jul 2006 às 11:15

O Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) prendeu, na segunda-feira (24), um homem acusado de comprar e usar cartões de crédito clonados. Arlindo de Oliveira Néri, 40 anos, foi preso no bairro Jardim das Américas, em Curitiba, quando saía de casa. Ele também é acusado de falsificar diversos documentos para que pudesse usar os cartões clonados.

Em sua residência, a polícia encontrou 13 cartões de crédito de pessoas e bancos diferentes, possivelmente clonados, além de cinco cédulas de identidade com a fotografia de Néri, mas com nomes diferentes e outras cinco cédulas em branco, prontas para receber dados falsos. Dois computadores, três impressoras e uma máquina de plastificar documentos também foram apreendidos na casa do acusado.


"Esta prisão é conseqüência das investigações que continuamos depois de acabar, em abril, com uma grande quadrilha que integrava um esquema internacional de clonagem de cartões de crédito e de débito. O grupo também é acusado de traficar informações financeiras sigilosas para a Europa, alimentando outras quadrilhas que aplicam golpes com cartões clonados", explicou o delegado do Cope Renato Bastos Figueiroa, que coordenou as prisões.


De acordo com o delegado, no momento da prisão, Néri teria tentado enganar os policiais identificando-se como Vilmar Fontanella, com uma de suas identidades falsas. "Mas quando chegamos ao Cope, descobrimos que sua identificação era falsa e que ele já tem dois mandados de prisão em aberto por estelionato e falsificação de documento público", disse.


Na revista feita na casa de Néri, além dos cartões, documentos de identidade e equipamentos de informática, os policiais ainda encontraram vários dados de pessoas que provavelmente teriam seus documentos clonados futuramente. "Vamos investigar como ele conseguia essas informações e se ele tinha algum contato dentro de estabelecimentos comerciais que poderiam repassar estas informações a ele".


Segundo o delegado, Néri afirmou, em depoimento, que os cartões e documentos eram clonados em São Paulo por outra pessoa e encaminhados para ele por correio. "Ele contou que pagava R$ 400 por cartão de crédito. Com os cartões, ele fazia compras, principalmente de produtos de informática, e revendia as mercadorias", contou o policial.


Figueiroa disse também que agora investigará a possibilidade de mais pessoas estarem ligadas ao preso. Néri foi autuado por uso de documento falso, estelionato, e falsificação de documento público. As penas para esses crimes, somadas, podem chegar a 15 anos de prisão.

Informações da AEN


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