A Associação dos Guardas Municipais de Londrina divulgou uma nota sobre o caso envolvendo o agente Reginaldo Gabriel Santos, de 34 anos, baleado por policiais militares na tarde de 3 de dezembro em Cambé.
Eles contestam a versão da PM de que o guarda teria desobedecido ordem de parada. Na versão de Reginaldo, ele vinha por uma estrada de terra quando cruzou com quatro motos e uma viatura da ROTAM em sentido contrário, que estariam sem sinal sonoro ou visual ligados. "Logo após, a viatura o abalroou, jogando-o na margem da estrada, momento em que o PM que comandava a viatura desceu com a arma em punho, efetuando disparos de arma de fogo em direção ao agente", relata a nota da associação.
Reginaldo Gabriel dos Santos atua desde a implantação da Guarda Municipal em Londrina. Sobre o fato de o agente estar portando arma, o que não é permitido à corporação, a associação afirma que "diante da situação de risco em que o agente da guarda municipal se encontra, entendeu indispensável adquirir uma arma de fogo de uso permitido e registrada legalmente. Ocorre que, qualquer cidadão, ainda que preparado psicologicamente para o uso de arma de fogo, teria consciência das suas mínimas chances num confronto a abordagem de oito policiais armados de .40 e arma longa", justifica.
A associação argumenta que um dos tiros perfuraram o tanque da motocicleta, comprovando que o disparo teria partido de trás. O fato do agente não ter sofrido traumas da queda de moto denotaria também que ele trafegava em baixa velocidade.
A Associação dos Guardas Municipais de Londrina encerra a nota demonstrando "indignação com relação aos fatos ocorridos, e espera o mais brevemente sua elucidação de forma imparcial e transparente, em busca da verdade e da justiça".