A paralisação de 24 horas da Polícia Federal prejudica a continuidade das investigações dos envolvidos na Operação Hurricane (Furacão).
A operação, realizada na sexta-feira (13), resultou na prisão de 25 pessoas, entre delegados, juízes e desembargadores envolvidos em crimes como tráfico de influência, corrupção e envolvimento com jogos ilegais.
O INC (Instituto Nacional de Criminalística) aderiu ao movimento, o que significa que ao menos a análise do material apreendido pela PF nos endereços de bicheiros, advogados e desembargadores presos na última sexta-feira irá atrasar.
É o INC que irá avaliar o valor das jóias e dos veículos apreendidos -- 51 carros e 4 motos. A perícia dos carros seria feita ontem, mas por causa da chuva foi suspensa. Hoje, o motivo é a greve.
O depoimento dos presos também foi interrompido. Os investigadores ainda precisam ouvir cinco dos 25 detidos.
Ontem (17), o ministro do Supremo Tribunal Federal relator do caso, Cezar Peluso, prorrogou por mais cinco dias o prazo de prisão temporária dos acusados.
Com o grupo, a polícia encontrou o equivalente a R$ 5,5 milhões em dinheiro, cheques, dólares e euros, além de 51 carros e 4 motos, quase todos importados e avaliados em R$ 10 milhões.