Polícia

Funcionário público de Pitanga é acusado de abuso sexual

02 ago 2001 às 08:35

O funcionário da Prefeitura de Pitanga (86 km ao norte de Guarapuava), D.C., está sendo acusado de abusar sexualmente de quatro crianças. Os menores residem numa localidade rural do município. Dois dos estudantes são sobrinhos do servidor, que trabalhava como motorista no transporte escolar. Uma das crianças teria contado à polícia que os abusos aconteciam dentro do próprio ônibus escolar.

A prisão preventiva do motorista foi decretada na segunda-feira, mas ele está foragido. De acordo com o escrivão João Carlos Minicoski, a polícia de Pitanga soube do caso depois que a mãe de uma das crianças levou a filha para Guarapuava para ser examinada por um médico. A garota começou a apresentar corrimentos vaginais, o que chamou a atenção da tia que cuidava dela.


No exame teriam sido encontrados indícios de abuso no ânus e na vagina. Segundo contou um dos menores à polícia, outras garotas sofriam o mesmo assédio. Um garoto de 14 anos teria sido foi forçado a praticar sexo oral com o motorista.


De acordo com o delegado Cássio Wzoreck, os exames não atestaram a conjunção carnal, mas apontaram que as crianças foram submetidas a atos libidinosos. Wzoreck disse também que uma das meninas garante que houve a conjunção carnal, o que configuraria o estupro. A menina está passando por novos exames.


O acusado foi visto pela última vez na localidade de Borboleta. O caso veio à tona há menos de 15 dias, mas a polícia acredita que os abusos não são recentes. Conforme informações da prefeitura, o servidor é concursado desde 1990. O funcionário público foi afastado na última segunda-feira.


A reportagem da Folha entrou em contato com a mãe de uma das crianças. Ela não quis fazer muitos comentários sobre o assunto, dizendo estar muito nervosa. A filha, segundo ela, está aparentemente bem, mas precisaria de apoio psicológico.

Enquanto o caso não estiver devidamente esclarecido, por uma questão ética a Folha se reserva no direito de não divulgar nomes, visando preservar a identidade dos familiares dos envolvidos.


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