O fazendeiro Norberto Mânica, um dos maiores produtores de feijão do país, foi indiciado por homicídio qualificado e formação de quadrilha no caso dos assassinatos dos fiscais do trabalho em janeiro deste ano. "Existem indícios de que ele poderia ter sido o mandante", afirmou o delegado da Polícia Federal, Antônio Celso.
O delegado da Polícia Federal disse que a polícia ainda vai ouvir outras pessoas para saber se mais alguém está envolvido no crime. Durante cerca de quatro horas e meia de depoimento na delegacia da Polícia Civil de Unaí, Norberto Mânica negou o envolvimento no crime. Seu advogado, Lindomar Coelho, disse que ficou "satisfeito" com o resultado. "Ele é inocente e vai ficar comprovado", afirmou.
Antonio Celso também confirmou que a pistola 380, encontrada perto de Formosa (GO), foi realmente usada no crime. A investigação ainda procura um segundo revólver usado nos assassinatos.
"O crime já está esclarecido. Temos sete pessoas presas, que efetivamente participaram do crime. Temos confissões gravadas em vídeo de quatro delas. Precisamos de mais alguns dias para saber se há mais alguém envolvido", disse o delegado.
Segundo delegado de Homicídios da Polícia Civil de Minas Gerais, Wagner de Souza, Mânica já recebeu diversas multas pelas falta de condições de trabalho em sua fazenda. O delegado disse que Mânica chegou a ter uma discussão com Nelson José da Silva, um dos fiscais assassinados.
Informações da ABr