Polícia

Família recebe ossada que seria de filho morto

26 abr 2003 às 17:38

A Polícia Civil de Cambé (13 Km a oeste de Londrina), está investigando o caso de uma ossada que foi deixada na casa do pai de Gilberto Monteiro, na última quarta-feira. A ossada será enviada ao Instituto Médico-Legal (IML), em Curitiba, onde será realizado o exame de DNA e o de arcada dentária para comprovar se os restos mortais são realmente de Monteiro, que fugiu em maio de 2001 da Penitenciária Estadual de Londrina (PEL), onde estava preso por tráfico.

O pai de Gilberto, o corretor de imóveis Isalino Monteiro Filho, 67 anos, relatou que na última quarta-feira foi até o quintal de sua casa buscar o jornal e se deparou com uma sacola plástica. No mesmo dia, ele recebeu uma ligação anônima dando conta de que dentro da sacola estavam os restos mortais de seu filho.


Isalino contou que após a ligação decidiu abrir a sacola e constatou que realmente se tratava de uma ossada. O corretor de imóveis afirmou que não tem notícias do filho desde sua fuga. Ele completou que cerca de 30 dias após a fuga recebeu um telefonema dando conta de que o filho tinha sido assassinado na Bolívia. ''Meu filho nunca mais entrou em contato com nossa família. A gente tinha esperanças dele estar vivo, mas agora não sei o que dizer'', lamentou.


Somente na manhã da última sexta-feira, Isalino, acompanhado de um advogado, procurou a delegacia de Polícia Civil para entregar a ossada. A filha do corretor, Tânia Monteiro, também esteve na delegacia e pediu para que fosse montada a arcada dentária. Tânia acredita que os restos mortais são realmente de seu irmão.


O delegado Antonio do Carmo determinou que a ossada fosse montada no formato do corpo humano. Segundo ele, Gilberto não possuía parte de um dos braços e essa mesma característica pode ser observada na ossada. ''Mas somente com um exame de DNA ou de arcada dentária poderemos ter certeza'', ressaltou.

Gilberto Monteiro foi preso em 1998. Na época, ele foi flagrado com 91 quilos de cocaína em uma fazenda, em Cornélio Procópio.


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