Um menino de 13 anos e um homem foram feridos com facão, na casa do adolescente, no jardim Alto da Boa Vista, em Londrina, nesta terça-feira (3). Eles entraram em luta corporal.
De acordo com o porta-voz da 4º CIPM (Companhia Independente de Polícia Militar), o homem, que faz uso de medicamento controlado, era ex-namorado da mãe do menor e tem um filho com ela. Mesmo não morando lá há algum tempo, ele já tinha a chave da residência e mentiu que o menino abriu o portão, mas foi ele mesmo quem entrou e trancou o cadeado para impedir que alguém entrasse ou fugisse.
O Siate (Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma em Emergência), com duas viaturas, atendeu os feridos. O homem sofreu um corte na mão e no rosto, já o garoto sofreu uma pancada na cabeça e também um corte na mão causado pelo facão.
O que dizem os envolvidos
Segundo a PM, o suspeito alegou que o menino pediu para ele levar livros na residência, além de um facão que serviria de modelo para desenhar. Mas, a versão é contraditória ao relato do seu ex-enteado, que diz fazer os desenhos "de cabeça" e não se basear em itens. O garoto informou à polícia que estava dormindo quando seu ex-padrasto chegou portando o objeto cortante e disse para ele tomar banho pois dois homens viriam até o local lhe sequestrar.
O menor, segundo a polícia, ficou assustado e obedeceu. Quando vestia apenas cueca, recebeu um golpe de porrete na cabeça, porém, como pratica artes marciais, virou-se na tentativa de defesa e puxou a lâmina do facão, recebendo um corte na mão, mas conseguiu tomar o objeto. Uma luta foi protagonizada pelos dois e, segundo a polícia, foi extensa, já que manchas de sangue e móveis caídos foram vistos pela casa.
A briga percorreu até o exterior da casa. Um vizinho avistou a cena e interviu, tomando o facão deles e jogando-o pra longe. Como o homem temia a perda dos dedos, saiu correndo e aguardou a chegada dos socorristas.
O acusado está sob escolta policial no hospital. Segundo a PM, a motivação pode envolver tentativa de abuso, de vingança ou até de assassinato.
O Conselho Tutelar e a Polícia Civil também foram acionados.