O ex-comandante do Corpo de Bombeiros do Paraná, Jorge Luiz Thais Martins, não agiu sozinho nos crimes ocorridos no Bairro do Boqueirão, em Curitiba. A Polícia Civil tem garantias que ele teve participação de outras pessoas. "Nos crimes, segundo as testemunhas, sim (agia sozinho). Agora, nos casos de ameaças ele estava acompanhado", afirmou a delegada Vanessa Alice, que cuidava do inquérito.
Os crimes aconteceram no mesmo bairro, no ano passado. As mortes seriam uma vingança ao assassinato do seu filho, durante um assalto, em 2009. Após decretada prisão preventiva, o ex-comandante Jorge Luiz Martins se entregou. Ele está no Quartel da Polícia Militar, em Curitiba.
O primeiro depoimento de Jorge Luiz está marcado para o final da tarde. Perícias serão feitas com as armas do oficial. "É cedo para qualquer afirmação. É necessária perícia. Nos crimes foram usadas três armas", disse.
Embora exista envolvendo de um oficial, o delegado-geral da Polícia Civil, Marcos Vinícius Michelotto, afirmou que o caso será coordenado com total transparência. "Nada será escondido, tudo será esclarecido", afirmou.
Defesa
Um dos advogados que defende o ex-comandante, Silvio Cesar Micheletti, afirmou que Jorge Luiz foi pego de surpresa com as acusações. "Em alguns dos casos, nem em Curitiba ele estava", argumentou.
O advogado ainda rechaçou que os crimes teriam sido motivados por vingança pelo assassinato do filho do ex-comandante. "Ele espera que a Justiça faça sua parte e condene as pessoas que vitimaram seu filho, mas jamais agiu em vingança".