Polícia

Empresário tem vida de regalias em cela da PM

10 set 2009 às 21:45

O empresário Alexandre Cardoso Simão, preso em 25 de junho por participação em esquema de jogos de azar em Cornélio Procópio tem uma vida tranquila e repleta de regalias em uma unidade da Polícia Militar em Cornélio. Trata-se de uma casa, que fica todo o dia com janelas e portas abertas, próximo do prédio onde moram os familiares do empresário. Policiais militares fazem a guarda do local. Simão é acusado de subornar policiais para manter o esquema criminoso.

Após a prisão, Alexandre ficou cerca de um mês no Centro de Detenção e Ressocialização (CDR) em Londrina em uma cela especial, já que tem curso superior. Seu advogado pediu remoção para Cornélio, que foi autorizada pela juíza criminal de Londrina Zilda Romero.


Agora o Ministério Público quer a volta de Cardoso à unidade prisional. Segundo o promotor Cláudio Esteves, do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco), que coordenou as investigações em Cornélio, já foram feitos diversos pedidos para que o empresário volte à cela especial do CDR. "Ele é acusado de 18 fatos de corrupção ativa contra policiais de Cornélio Procópio; ficando lá, há possibilidade de continuar exercendo influência sobre aqueles policiais", explicou Esteves ao Bonde.


Tanto o Gaeco, quando o Ministério Público e Justiça de Cornélio já pediram a transferência de Alexandre Simão, até agora, porém, negada. O promotor também comentou as regalias com as quais o empresário foi acomodado. "Isso chama muito a atenção e vamos também tomar providências quanto a esse fato, quanto à proximidade que ele tem com os policiais estando preso naquela unidade", comentou o promotor Cláudio Esteves.

Desta investigação surgiram denúncias que levaram à prisão, além de Alexandre, dois policiais civis de Cornélio, e outras quatro pessoas. O empresário pagaria propina aos agentes para manter o negócio das máquinas caça-níqueis. Os dois policiais civis e o empresário continuam presos. Os outros quatros foram libertados. No entanto, todos – e mais quatro pessoas – respondem processo pelos crimes.


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